Desenvolvendo relacionamentos sadios

“ Respondeu, porém, Rute: Não me instes a que te abandone e deixe de seguir-te. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus.” Rute 1:16

Nesses dias de relacionamentos relativamente superficiais, é de extrema relevância observarmos atentamente esta história bíblica. Fala do apego de uma nora, Rute, com sua sogra Noemi.
Vivemos dias em que as pessoas se relacionam com muitas outras pessoas, mas nunca se viu tanto egoísmo, individualismo e solidão como atualmente. Parece uma contradição, se temos a oportunidade em conhecer tanta gente hoje, em virtude dos contatos que fazemos, não haja profundidade suficiente para que permaneçam.
Se os relacionamentos são muitos, portanto, a profundidade dos mesmos é pouca. Os contatos são superficiais e meramente ocasionais e profissionais. A formalidade representa polidez mas também nos distancia dos outros.
Rute ficou viuva do filho de Noemi, assim como Noemi já estava viuva. Entretanto, o que vemos nesse relato da Bíblia é que estes acontecimentos na vida dessas mulheres não fora forte o suficiente para abalar o relacionamento que desenvolveram entre si. Como isso foi possível?
Acredito existirem muitas respostas para o que estamos observando na vida de Rute e Noemi. Parece haver entre elas alguns elementos que criaram e fortaleceram os vínculos entre si. Entre esses elementos podemos destacar a solidariedade, objetividade e gratidão , por serem de aplicação geral.
A primeira tem a ver com a condição experimentada pelas mesmas, visto que ambas ficaram viuvas. Uma conhecia e compreendia a outra. Quando demonstramos compreender e nos interessar por pessoas criamos a possibilidade de desenvolver relacionamentos duradouros e sadios. Por outro lado, a insensibilidade, indiferença e o egoísmo minam qualquer possibilidade de avanço no campo dos relacionamentos interpessoais.
A solidariedade desperta o desejo em fazer algo pelo outro, por mais que as condições sejam inexistentes para isso. Quando somos solidários, percebemos que podemos fazer algo. Vencemos a tentação do abandono moral e emocional. Sentimos que estar perto de verdade já é um começo.
Em segundo lugar, a pessoa que quer desenvolver relacionamentos sadios, precisa ser objetiva. Ajuda, se existir uma boa dose de convergência entre coragem e sensatez. Uma busca insitente por identificar-se com as pessoas até que brote a afeição no coração. É preciso um julgamento, para saber se os valores são os mesmos, assim como o desejo de amar, apesar das falhas alheias. É preciso dar o primeiro passo, tomar a iniciativa.
Por outro lado a pessoa que não sabe o que quer, não sabe para onde quer ir, não organiza os rumos dos pensamentos e intenções corretas, não possui consistência para relacionar-se. É preciso estar de bem com si própria para aprofundar relacionamentos sadios. Precisa saber fazer escolhas e valorizar o que há de melhor, e Rute escolheu bem.
Em terceiro lugar, pode-se perceber também que o acordo proposto por Rute, se inspira em sua lembrança sobre sua vida marital, quanto aos dias que passaram juntos entre famílias, respeito às boas memórias. Sentia necessidade em ser grata pela vida de sua sogra, mesmo depois da morte do esposo, que certamente amou. Era uma forma de recompensar aquela que lhe fez tão bem.
Um problema que vemos em nossos dias: a ingratidão! As pessoas esquecem com relativa facilidade a mão que consolou, confortou e afagou. Por mais que aquele que faz o bem não deve esperar recompensa, ser ingrato é coisa séria! A ingratidão é traição emocional e em potencial.
Podemos ser e ter bons amigos, ser bons cônjuges, se compreendermos o que Jesus recomendou, que resume com precisão a ética cristã. Isto pode também nortear relacionamentos sadios e duradouros, que devem permanecer, venha o que vier, aconteça o que acontecer:
“ Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também.”
Lucas 6:31

Continuando...

A Bíblia recomenda: "é melhor serem dois do que um..." Relacionamentos que se desenvolvem de forma madura, produzem amizades autênticas e santas. O ser humano é, por natureza um ser social. O homem não foi feito para processsar suas espectativas sozinho. É preciso uma relação de feedback, "retorno".  Mesmo as emoções e sentimentos aparentemente insignificativos precisam ser processados, para receberem atenção adequada de mais mentes pensantes. Assim, recebemos estímulos o tempo todo, em virtude do tratamento voluntário ou involuntário que nossas emoções recebem.

Se esse tratamento for voluntário, isto é, fruto de nossa exposição voluntária a avaliação externa, o resultado será o nosso crescimento. Daí a importância em termos relacionamentos sadios, onde se possa processar, tratar emoções  e sentimentos, antes que esses se tornem um problema. Da mesma forma que estaremos ajudando alguem a se compreender melhor.

Aqui fica a dica: Não fique escondido(a), tenha o desejo de desencolver relacionamentos sadios. Relacionamentos que tenham o potencial de ser bênção para ambas as partes.

Que Deus nos ajude na caminhada, e sabemos que temos um grande amigo, Jesus, e que esse permanecerá fiel, em todo o tempo!

No amor de Cristo,

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