Reflexão Sobre o Natal

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."  (Isaías 9 , 6)

Sobre o natal já muito foi dito. Especialmente sobre a associação do nascimento de Jesus à data de 25 de dezembro. Não faltam escritos que expõem a pessoa de Cristo como um conto mitológico. O pensamento racionalista, particularmente, privilegiou os  argumentos que negam a própria veracidade do Novo Testamento. Isto aconteceu especialmente quando se assumiu a ideia do criticismo histórico que via o Cristo das narrativas bíblicas como um homem comum. Negava-lhe ser o 'Verbo que se fez carne', em sua encarnação, rejeitando sua divindade.

Quanto às teorias da data, existem várias, entre as quais predomina a teoria do "CRISTUS, SOL INVICTUS" [Christus]. Outra teoria (em Tertuliano, Hipólito, etc) parte de um pressuposto na crença geral, que, segundo este, 25 de março, equinócio da primavera, figura como dia da Criação do Universo, e também da concepção de Maria, serva do Senhor. Contando nove meses, teríamos 25 de Dezembro, então, que se supõe ser a data do nascimento de Jesus. 

Não há como negar o registro do nascimento/história de Cristo: nascido sob o Imperador Augusto, quando Cirênio era Procurador da Síria. Foi morto sob o Procurador Pôncio Pilatos. Jesus se fez histórico e deste modo sofreu e sofre toda a forma de classificação e julgamento por parte de homens, seitas, crenças e culturas. Entretanto, para os que creem nas Escrituras como Palavra de Deus, esse Jesus é o próprio Salvador do mundo.

Nota-se que a paz trazida pelo seu nascimento, vida e morte, é a paz daqueles que, a exemplo do próprio Jesus, esvaziaram-se a si mesmos. A paz daqueles que não tendo nada, consideram-se "ricos" por receberem a Cristo em seus corações. A paz daqueles que tendo tudo consideram como se nada tivessem para ganhar o Salvador. 

Pense, aquele(a) que se "entrega" por lutas dessa vida demonstra necessitar  aperfeiçoar-se no princípio geral da Fé em Cristo, isto é, em participar não apenas de sua vida, mas também de seus sofrimentos, dor e perdas.

Natal é oportunidade de reflexão sobre a forma como "ganhamos a vida". Jesus, sendo o próprio Deus, abriu mão de muitas coisas, nascendo num lugar humilde como um filho (Filho!) rejeitado pelos homens. Ainda muitos continuam a rejeitá-lo, embora sempre lembram dEle nas horas de aflição. Assuntos para uma profunda reflexão.

Desejamos que esse natal seja uma oportunidade para que Cristo faça renascer o seu renovo em vosso coração, em fé, esperança e amor. 

Um abraço fraterno!