PERGUNTOU-LHE PILATOS!?


Que é a verdade? 

Proporemos uma breve reflexão. Não filosófica ou epistemológica, mas circunscrita ao contexto de onde se origina a indagação.

- João 18. 28-40; 19.1-16 RA

Próximo dos momentos da condenação à morte sumária que seria imposta a Jesus, já sabendo que “lavaria suas mãos”, O governador romano – sobre o que seria a Província da Judeia, questiona sobre “[...] Que é a verdade?” (vs.38). Uma pergunta como se diz, ‘capciosa’, carregada de muitas possibilidades de respostas, contexto em que o termo “verdade” assume condição, na língua portuguesa, de termo polissêmico.

Mas vamos a resposta de Jesus: seu silêncio.

Entretanto não deixou de assegurar que ambos estavam em mundos opostos, e a base socio-material entre Cristo e Pilatos impunha que não haveria resposta que pudesse ir ao encontro das pretensões do Governador. A verdade necessita da aceitação do confronto de ideias, sem necessariamente beligerância, e melhor que tal não haja. Mas pode-se reconhecer que a procura pela verdade já causou muitas perdas à humanidade e segue fazendo suas vítimas, na mesma moeda, mas em lados opostos; os algozes são os mesmos que, por estarem em condição de impessoalidade, permanecem sob o manto do obscuro e das efemeridades, das locuções vazias e infladas que sucumbirão. Tal como ocorreu com o Governador da Judeia.

Por fim, no caminho para a verdade não há perdão para covardia e ingratidão. Mais cedo ou mais tarde, alguém paga o preço e infelizmente, os hebreus da época solicitaram: “[...] que o sangue dele [Jesus] caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Cf.: Mateus 27.24-26), o restante do desfecho dessa história fica para sua longa e acurada pesquisa, mas não precipitada.

Paz e bem!


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