A Idolatria da vontade

"Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;"  (Colossenses 3 : 5)

Como eu, acredito que você também pode ter lido mais de uma vez esse texto, e, provavelmente, sem notar profundamente a visão que o mesmo nos transmite sobre as obras da natureza humana. Repare que ele trata da idolatria sobre um outro olhar, geralmente desconhecido. Paulo fala da idolatria como um produto da avareza. 

Ficamos a pensar em como o ser idólatra pode associar-se à avareza. Manifesta-se sentimento idólatra no contexto de apego a pessoas, objetos, e, em verdade, quase tudo pode tornar-se alvo de idolatria. Mas o referido texto fala de um sentimento: a avareza. 

Verificamos então que essa idolatria, de fato, é a idolatria do ter ou do fazer, logo, a idolatria da vontade. A força, capacidade e os desejos pessoais acima de tudo. Isso é fundamental que se compreenda. 

A idolatria da vontade manifesta-se quando penso que posso ser salvo, basta meus esforços pessoais, o guardar alguns ritos ou costumes de tradição, ou legalistas. Nisso desconhece-se a graça divina, como se o esforço pessoal fosse fundamental e decisivo, e o que Cristo fez, na prática, nesse contexto assume menor valor.

A idolatria da vontade governa quando somos conduzidos simplesmente por nossos instintos consumistas, em detrimento de qualquer princípio maior. Nela, assume-se o contrário em Jesus, que é o esvaziamento do eu,  a cidadania divina a contrapor a cidadania desse mundo, e considera-se qualquer sofrimento insuportável. Isso é idolatria da vontade. 

De certa forma  há muito mais idólatra que geralmente se pensa. Pensemos nisso, principalmente a respeito de nossos próprios sentimentos, para que não mais sejamos escravos dessa vida, e assumamos de vez uma melhor visão da Fé.

Fraternalmente em Cristo,

Postagens mais visitadas deste blog

Onde está a tua coroa?

Ao Deus Conhecido!

Nunca deixe de orar