A Cura, no cotidiano das pessoas

            

Certa vez foi proposta uma indagação sobre qual “A relação entre fé e cura no Novo Testamento”. Diante de diversas narrativas possíveis, se propôs pensar em dois caminhos, pelos quais esta relação se manifesta nos registros das Escrituras. Entretanto, antes, quero lembra de uma postagem antiga na qual argumentei que, em Cristo, há intima relação entre “curar e cuidar”, e sempre que leio que “Jesus curou [...]” considero estes elementos como presentes nas narrativas: Jesus cura em cuidado pelas pessoas. Considera-se a cura da alma, de enfermidades, cura do ser.

Pensemos na questão da fé. Dizemos que a fé liga dois mundos, isto é, o da necessidade interior com o objeto-solução, como a confiança que se tem que a água resolve a sede. Assim a fé se faz presente como elemento necessário.

Olhando no contexto geral do Novo Testamento, por algumas vezes nos parece desafiador dizer se o texto bíblico, tanto em seu valor histórico quanto teológico, nos apresenta a fé em razão da cura ou se a cura em razão da fé. Analisarei esses casos em que se observa que flui da relação entre Jesus e as pessoas no seu caminho.

Primeiramente, pretendo destacar a questão da cura em razão da fé.

A busca pela cura está presente na experiencia dos indivíduos nos dias do Novo Testamento. Verificamos o processo que chamamos de “cura” acontecer acompanhado de uma implícita ou explícita manifestação humana de crédito na existência de um fato sobrenatural (Mt. 8:10 e contexto). O Lugar ou Pessoa de onde pode se manifestar a solução necessária de modo a devolver-lhe a condição de equilíbrio, isto é, de ser curado.

Em segundo lugar verifica-se outro acontecimento, que chamamos de “fé em razão da cura”. Se observarmos que muitas pessoas creram na pregação do Evangelho por Jesus Cristo ou por seus Apóstolos, em virtude de fatos de cura terem acontecido na sua volta (Jo. 1:45 e contexto). Temos como provável que por diversas vezes pessoas experimentam a fé, após um fato presenciado, ou à sua própria experiência de cura pessoal. Esse segundo aspecto chama a atenção e completa o quadro. Se a fé pode ser resultado de cura, podemos acreditar que a fé se nutre de alguma experiencia pessoal. Via de regra, aquele (a) que crê, o faz para si.

Por todo relato neotestamentário a fé se mostra como algo imprescindível na vida dos que professam o Evangelho. Não é diferente quando o assunto é “cura”. Para que a cura aconteça a fé sempre está em foco. As coisas não ocorrem na narrativa do Novo Testamento, simplesmente por causas aleatórias. Sempre existe uma motivação em questão. Essa parte da narrativa Sagrada está a nos dizer que algo aconteceu “em razão de” ou “para que”.

Em postagens futuras continuarei discorrendo sobre outros eventos do cotidiano das pessoas, a partir de um estudos já elaborados, sobre possibilidades e desafios.  


Fraterno abraço!

Coordenação

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