Lições para hoje
Há dois acontecimentos nas Escrituras que, à primeira vista, podem parecer desconectados. Entretanto queremos analisá-los sob uma perspectiva que nos permite entender lições para os nossos dias a partir dos mesmos. Estamos falando do evento da ‘Chamada de Abraão’, bem como da ‘Travessia do Mar Vermelho’ pelo povo hebreu, nos tempos de Moisés, conforme segue.
Quando Abraão foi chamado, ainda enquanto membro de uma linhagem familiar habitantes de Ur dos Caldeus, pelo texto bíblico ficamos sabendo que Deus que o chamava para deixar sua parentela explica que sua saída do lugar de sua habitação não tinha significado de uma simples diáspora (Gênesis, 12:1ss). Era, antes disso, parte de um propósito maior pelo qual Seu Senhor o chamava para um grande empreendimento que se constituiria na :formação de uma grande família, através da qual todas as demais famílias da terra haveriam de ser abençoadas. Trata-se de um senso de propósito.
Na partida de Abraão podemos notar a existência de uma causa maior. Ainda que Abraão não tenha entendido toda a mensagem e extensão do chamado recebido, ficara exposto que ele, Abraão, um homem comum, do seu tempo, estava a ser incluído num plano eterno do Criador.
No caso da travessia do Mar vermelho, pelos hebreus, nota-se a existência de uma emergência, que também necessitava de uma ação, de uma atitude “sobre humana” ao se depararem com tamanho volume de água a ser transposto por uma grande multidão (Êxodo, 13:17-15:19). Não havia meios de efetuar uma travessia segura através de algum meio de navegação local. Entretanto a ordem era: cruzar o Mar Vermelho, essa era a urgência, a ser resolvida. Porém, assim como no caso de Abraão, Deus orientou de imediato qual seria o procedimento, ou seja, Moisés deveria tocar as águas com o cajado que tinha consigo. De acordo com as Escrituras, dessa forma aquele Mar se abriu e todo o povo israelita pode passar a pé pelo caminho que lhes foi aberto.
Ambos os casos pertencem a uma mesma promessa, pela qual haveria de vir o Messias, o Salvador do mundo, Jesus Cristo. Um dos casos aponta para um propósito amplo e quase imensurável a sua época, como seria da “impossibilidade” de contar as estrelas dos céus. O outro caso, da travessia era algo relativamente palpável ainda que impossível aos olhos humanos.
Fazendo uma aproximação entre esses dois eventos bíblicos podemos perceber, ainda que em parte, como Deus trabalha na vida humana através das aparentes impossibilidades.
Ademais, pela aplicação do senso de propósito e do senso de urgência, podemos estabelecer metas e planos, sob emergências temporais distintas. baseados na confiança em Deus e em seu direcionamento, em que a esperança e fé de Abraão, bem como pela ousadia espiritual de Moisés, são lições para os nossos dias, como meios de superar as aparentes impossibilidades e adversidades durante nossa caminhada de fé.
Por fim, por essa esperança e fé, bem como por essa ousadia espiritual, esses homens venceram, tornando-se participantes do cumprimento da promessa divida de nos enviar o Salvador, o Cristo encarnado. Agora, relembramos do nascimento do Messias como prova vida da esperança que podemos ter Nele, retenhamos a certeza de que viveremos dias de vitória, em nome de Jesus.
Que nossos corações sejam como um berço para o nascimento de uma viva fé e esperança inconfundível no poder do Nosso Senhor - em que, tudo que Deus tem para nós, se assim ouvirmos e obedecermos, se concretizará para Sua Glória!
Um abraço,