Corpo e Contemporaneidade
Vivemos um tempo sob significativo relativismo das coisas da vida. Esse tempo -mundo, em constante transformação, constitui-se palco privilegiado para desenvolvimento de novas “leituras” e interpretações, o que pode cooperar para degeneração de fundamentos consolidados. Seguramente, a cristandade é uma das principais esferas a enfrentar os diversos desafios dessa ebulição das sociedades.
Já ultrapassamos meio século das proposições que originaram o intitulado Pacto de Lausanne, sob momento importante de reflexão sobre o sentido do cristianismo na contemporaneidade. Você já leu sobre o assunto acima? Se ainda não, clique aqui!
Trata-se de uma proposta extremamente relevante para o momento atual, em se discutir vias como Teologia da Prosperidade; Teologia da Libertação, e tantos outros adventos do cotidiano cristão. Vale destacar que todo movimento precisa de reflexão crítica, para evitar naturalização dos seus efeitos, ou relaxamento dos fundamentos conceituais de piedade, basilares da experiência cristã genuína.
Para essa reflexão, lembremo-nos de um dos postulados da Igreja evangélica, particularmente, a partir da metade do século XX – sob o texto escrito aos Hebreus: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns [...].” (Hb. 10:25, ARA)
Logo, sob essa perspectiva, o que pode ser congregar, senão o ato de discernir os tempos atuais? Nisso, não ocorre que devemos nos apropriar corretamente do real sentido do Corpo de Cristo, identificando-nos com Ele na sua vida e na sua morte -ressureição onde quer que estejamos hoje ou amanhã?
Sem discernimento o que temos (ou teremos) são indivíduos sob vivência cristã errática. Ou, para dizer melhor, indivíduos que possuem uma experiência superficial e incompleta. Pessoas vinculadas às questões de “identificação pessoal com grupos de afinidade” ou mesmo “fanatismos localizados” – ou seja, cristandade que expressa a fé, num culto sem devoção ou sem compromisso geral -universal com o que cremos desde as origens do evangelho de Jesus, em simplicidade e capaz de nos salvar.
Por isso que se diz: é fundamental que o nome do Senhor Jesus seja glorificado em todas as coisas e atos da verdadeira Igreja, essa que um dia deixará o mundo. A fé sincera, honesta e legítima sempre buscará a essência da pregação e da mensagem cristã para a humanidade (2 Ts. 1:11,12).
Portanto,
"Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça." (2 Pedro 3: 13)