De onde nos virão os conselhos?

 “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá.” (Salmos 101:6, ARA)

Durante algum tempo esse texto das Escrituras esteve exposto bem no alto, na parede de fundo do Templo, em que ficavam utensílios como mesa, um púlpito e outros acessórios para o serviço no culto cristão.

Essa frase ali podia ser lida por todos, adultos e crianças, que frequentassem aquele local. Não se pode dizer com segurança como cada um dos frequentadores entendiam aquela chamada. Porém, para as crianças que sabiam ler, estava aparentemente claro tratar-se de um chamamento divino.

Nesse sentido, vimos destacar o que podemos entender ou aprender desse texto bíblico e qual pode ser o seu significado aplicado para os nossos dias. Observemos!

Vamos seguir uma das regras áureas: as Escrituras se interpretam com as Escrituras. Ou seja, a primeira chave interpretativa (hermenêutica) precisa ser o próprio texto e contexto. Desse modo, qual passagem do contexto bíblico mais próximo podemos utilizar para aplicarmos essa metodologia de entendimento? O texto que mais nos aproxima do sentido da frase em destaque acima pode ser dos Salmos mesmo, na passagem antecedente, dos Salmos, de 1:1 a 1:3, em particular. Daí podemos pontuar sobre o que o texto do salmista quer dizer com “[...] para que habitem comigo”.

Parece fato natural compreendermos que o salmista está se referindo a uma atitude/relação de comunhão e conselho, nos termos tanto do “para que habitem comigo”, bem como nos termos de “roda de escarnecedores”, em que escarnecedores são os incircuncisos, ou com os quais “não existe comunhão”.

Desse modo, podemos concluir, a priori, que habitar com o REI, pode referir-se aos que se relacionam com Ele de tal forma que podem comer à mesa e presença do REI, bem como ouvir Seus conselhos. Logo, “habitar” nesses termos precisa ser conceito estendido para significar o compartilhar das mesmas premissas, bem como da mesma perspectiva de vida e propósito. 

No contexto atual pode-se perguntar: quem é o REI? Ou ainda, como vai o nível dos conselheiros atualmente, ou talvez, os “influencers” de hoje? Seria razoável comparar parte dos atuais influencers a um tipo específico de conselheiros? Ficam esses pontos para nossa reflexão!

Um abraço!


Postagens mais visitadas deste blog

Onde está a tua coroa?

Ao Deus Conhecido!

Nunca deixe de orar